Saudades
A distância outrora tão pouca tornou-se tão longa,
Os afetos rareiam, ficam na vontade de quem não pode.
As estradas, do vou ali e já volto, tornaram-se tão longas,
Meia dúzia de quilómetros tornam-se centenas.
Nos olhos brilhantes de felicidade mora a saudade.
Saudade daqueles que amam e que estão tão perto,
E dos que, longe se encontram, as distâncias se igualam.
Saudades de passear ao Sol, de percorrer as estradas,
De trocar conversas com a vizinhança,
Da proximidade de um aperto de mão ou de um beijo na face,
De um abraço reconfortante e de pousar a cabeça num ombro.
Sou portuguesa e sei o que é a saudade.
Sinto-a no fado, no toque de uma guitarra, num cante alentejano…
Mas saudade como esta… não estava preparada.
Saudades de ir às compras… eu que nem gosto de o fazer.
Saudades de uma boa refeição fora de casa,
De…
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A dor que nos abraça a alma, a falta que nunca é celebrada, e o sorriso de lembrar… Aí a saudade tão luso sentir…
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Obrigada amigo. Neste momento estas palavras tocam tão fundo e ajudam a sentir menos tristeza…
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