Um Natal pleno de amor e um 2023 pleno de paz entre os povos.

Desejo…

Para todos, Festas Felizes.

Que o Natal nos traga paz e união,

Que as lutas terminem e os povos se unam,

Que as mãos se unam a outras mãos,

Que não sobre ninguém nesta corrente continua.

Se sobrarem mãos que seja para acarinhar…

Ou para limpar de cada rostinho as lágrimas.

Que em todas as casas impere o amor,

Que pelos caminhos se caminhe sem medo.

Que pelo ar ecoem gargalhadas felizes de crianças.

Que o Novo Ano seja de viragem,

Que as armas se calem para sempre,

Que as vozes iradas se tornem melódicas.

Que de cada boca só saiam palavras de amor.

Que cada homem esqueça o ódio.

Que cada povo se una e reconstrua.

Que em cada recanto se descubra um amigo.

Que os inimigos não deixem de existir

Na sua eterna luta pela paz e amor.

Que cada inimigo seja um amigo nesta luta,

Nesta luta pela felicidade e fraternidade.

Que se rolagem lágrimas sejam de felicidade.

Que este Novo Ano seja o primeiro de uma eterna paz e harmonia.

Fortunata Fialho

Tempo

Tempo

Temos todo o tempo do mundo mas, vivemos com falta de tempo.

O tempo corre atrás de nós e… nós, simplesmente o perdemos.

Que mais fazemos desta vida além de perseguimos o tempo?

Ou será que é o tempo que nos persegue sem o entendermos?

Na soma inclemente dos dias vamos perdendo momentos,

Pedaços do nosso tempo numa pressa sem sentido.

E o tempo foge, ou falta conforme o seu capricho.

Por vezes matamos o tempo como se não interessasse,

De seguida a falta de tempo deixa-nos aflitos.

Que é o tempo afinal?

Como pode ser tanto ou tão pouco conforme nos sentimos?

Por vezes o tempo nunca mais passa…

Mas olhamos para trás e ele passou veloz como o vento.

Os dias seguem lentos e indolentes…

Que coisa estranha, a vida passou e perdemos tanto tempo.

Como medir este tempo tão lento e tão veloz?

Como pode um segundo durar mais que uma hora?

E uma hora parecer um pequeno segundo?

Neste tempo sinto-me perdida…

Ao tempo peço que não me deixe.

Tenho tão pouco tempo… ainda resta tanto tempo…

Odeio-te pela rapidez com que foges!

Querido tempo… meu companheiro de vida.

Fortunata Fialho

Depois de algum tempo sem escrever, dedico este poema à minha irmã. Muitos parabéns mana.

E falam de amor…

Gritam aos quatro ventos que são superiores, que são mais inteligentes.

Agridem, criticam, ofendem e … falam de amor.

Constroem máquinas de guerra. Como as usam é indiferente.

Manipulam os povos, incitam ao ódio e… falam de amor.

Em vez de carinho entregam balas,

Em vez de pão semeiam fome e dor.

Pelos campos, outrora em flor, predominam trincheiras e valas.

A terra, outrora verde, pintam-na de sangue e corpos.

Debitam discursos de desprezo e ódio… e falam de amor.

Ostentam riqueza e desprezam o pobre,

Humilham os que labutam pela vida,

Fecham-lhes as portas porque o trabalho os suja.

Olham-nos de cima com ar de superioridade… e falam de amor. 

Enfeitam os rostinhos inocentes com lágrimas de sangue,

Matam os idosos de fome, frio e esquecimento.

Explodem casas, lares de outros como eles… e falam de amor.

Pregam aos deuses e as suas religiões…

Mas matam adoradores de outros deuses porque não são seus.

E falam de amor com o ódio na alma e gelo no peito.

Riem do desespero e pisam os caídos.

Amam o dinheiro, o poder e a fama.

Mas… falam de amor.

Fortunata Fialho