Feliz dia dos irmãos.

Dia dos irmãos é todos os dias e para mim há alguns anos. Quantos? Não digo pois a idade de uma senhora não se comenta.

Feliz dia mana, espero que daqui a muuuuuitos anos te possa mandar um grande beijinho neste dia.

Se irmã se escolhesse, escolheria-te novamente.

Não tenho forma de te dizer o quanto gosto de ti… talvez daqui a toda a eternidade.

“Poesia Colorida”

Prefácio

Antes de mais é uma honra e um privilegio ter sido convidado a ler esta obra em primeira mão, esta obra, em que mais do que pintar a poesia (Poesia Colorida) a autora Fortunata Fialho, professora de sua profissão, nos mostra como pintar a vida, a que vemos e que sentimos. Ler esta obra poética, mais que olhar o mundo pelo olhar do autor, é despir-se de emoções e ideias preconcebidas, é estar aberto a novos olhares, a novas cores, é estar disposto a contemplar a alvura da noite, pelo olhar de um cego. Ler poesia é saber pintar na alma com novos pinceis, outras paisagens.

Pensei varias vezes em seguir um padrão habitual, cronológico, mas como um livro de poesia não deve ser lido, mas ir-se lendo, permiti-me deambular pelas paisagens habilmente pintadas pela autora, e deixar-me surpreender pela beleza, pela analogia, pelas metáforas, e eis que me deparo com um poema que me transporta dali, numa clara associação de pensamentos dou por mim a lembrar São Francisco de Assis, tudo é tao perfeitamente simples quando amamos o que é natural, com a naturalidade de estar grato pelo dom da vida:

“Obrigado ao sol por nascer todos os dias,

Obrigado à noite que me aconchega.

Obrigado ao vento que me acaricia,

Obrigado à água que me refresca.

Ao amor que me completa um obrigado apaixonado,”

Nesta obra a autora além de pintar paisagens como o seu Alentejo, Fortunata Fialho pinta essencialmente sentimentos, estados de alma, pinta as gentes, a dor e a terra:

“Onde cada porta se abre a quem vier por bem.

Terra de brandos costumes e corações imensos,

Onde com abraços, pão e vinho se acolhem as gentes.

Alentejo, terra linda, de gentes tranquilas e amáveis.”

Na sua poética muito centrada na observação do mundo, no sentir que se abre na translucidez da alma onde as cores se misturam com as palavras, onde a outrora faz da alva folha tela de sentires em cores do arco-íris, levando o leitor ao êxtase do sonho, ali diante dele, numa realidade nua, onde os astros me imiscuem no peito:

“Um mundo colorido com laivos de carinho,

Vermelho de luz, amarelo de sol,

Azul como a doçura líquida da água.

Verde como os campos renascidos,

Preto… coberto de estrelas,

Prateado como os reflexos da lua,

Ternurento como as mãos rosadas de uma criança.”

Passamos pelo tempo, com um amigo, este amigo que nos fala, ler um livro de poesia é travar uma íntima discussão connosco mesmos, é um monologo interior segundo a nossa vivencia e conhecimento, e nisso a autora também nos acorda para realidade, chama a nós a vida, os problemas reais que existem ali, bem ali diante de nós, como a discriminação, como a exploração, a violência domestica e suas consequências:

“O povo criticou, hostilizou e disse, “ Desenvergonhadas”

Elas fingiram não ouvir e continuaram.

Os homens assustaram-se e tentaram pará-las.

Então um disse, “ Ganharam o meu respeito”

E a ele outros se juntaram e novamente coabitaram.”

Nesta paleta de cores não conseguimos dissociar a poesia da realidade, dos sentimentos profundos, da arte de sentir, da essência da vida, e nisso a autora quebra tabus linguísticos, escrevendo com todas as cores a arte de amar e do prazer:

“Amávamos fisicamente sem tabus.

Lembro todos os suores lavados das nossas peles,

De todos os orgasmos partilhados,

Das palavras abafadas pelo som da água corrente.”

É por tudo isto e por todas as cores que estou grato, que mormente agradeço o enorme privilégio de ter lido e continuar a ler esta obra poética, parabéns Fortunata Fialho, este não é mais um livro de poesia, mas sim uma tela onde com palavras simples pintaste a vida.

Alberto Cuddel

“Simplesmente… Histórias”

Sentei-me ao computador com uma enorme vontade de escrever. Surpresa! Perdi a inspiração.

E agora? Que faço com esta vontade?

Olho em volta e nada me inspira.

 Que monotonia está tudo na mesma.

Olho pela janela e o sol brilha. Há tanto tempo que andava desaparecido. Percorro o espaço exterior com os olhos.

Vejo lindas flores nos meus canteiros, todos os dias aparecem mais algumas.

O meu quintal resplandece de cor e de alegria. Os pássaros chilreiam nas árvores. Não consigo descobrir nenhum ninho, talvez ainda seja cedo.

Vistosas joaninhas passeiam-se sobre as flores comendo o piolho das plantas. Uma borboleta esvoaça em redor da minha janela. Deve de estar a exibir o seu belo colorido, e que colorido! Recuso-me a pensar que anda a depositar os seus ovos nas minhas plantas. As lagartas vão banquetear-se e eu vou ficar muito aborrecida.

No canil as cadelinhas estão estendidas a apanhar todo o sol que podem, nem me ligam. Eu bem me esforço mas elas ignoram-me.

Tantas abelhas no meu quintal! Será que não me vão picar? Talvez deva ter cuidado e deixá-las andar à vontade.

Levanto o olhar e surge um céu tão azul que encandeia. Nenhuma nuvem o mancha.

De vez em quando, passam alguns pássaros voando e chilreando.

Contínuo sem inspiração. Não sei por onde começar. Talvez seja melhor desistir, fechar o computador e esperar por melhor ocasião.

Vou esperar pela minha inspiração. Talvez ela se digne voltar.

Se voltar posso escrever mais uma história daquelas que tanto gosto tenho em contar.

Fortunata Fialho

“Quero um poema…”

escreversonhar

Desde que somos concebidos a nossa vida é feita de sonhos. Os pais sonham
futuros promissores para os filhos, eu ainda o faço com os meus.

Os filhos vão crescendo e vão sonhando sonhos próprios de cada etapa do
seu crescimento. Passam pelos sonhos fantásticos, pelos incoerentes e
inalcançáveis da adolescência e, finalmente, pelos mais realistas.

Todos crescemos, e muitas vezes, os sonhos perdem-se nas
responsabilidades da vida adulta. Eu, como tantas como eu não perdi os meus
sonhos, simplesmente os deixei em espera. Primeiro foram os filhos e sonhei o seu
futuro. Lutei para que nada lhes faltasse e isso fez-me feliz. Os filhos
cresceram e os sonhos voltaram.

Sempre fui uma pessoa que lia tudo aquilo a que tinha acesso, ler sempre
me deu um prazer imenso. Da leitura à escrita foi uma evolução natural.

Comecei a escrever porque escrever
é um prazer imenso que me proporciona momentos…

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Vamos ficar bem.

Vamos ficar bem.

Quando uma lágrima corre pelo nosso rosto e o mundo parece ruir,

Pensa que o tempo tudo cura e que tudo vai ficar bem.

Quando os dias forem cinzentos e tristes acredita,

Amanhã o sol vai brilhar intensamente e tudo vai ficar bem.

Se a chuva cai sem sessar e os riachos se tornam rios,

Pensa nos benefícios das cheias e tudo vai ficar bem.

Haverá menos fome, menos sede e os campos ficarão mais verdes.

Se o sol é inclemente e seca o teu jardim,

Humedece a terra, as plantas agradecem e tudo vai ficar bem.

Se o mundo, subitamente, roda ao contrário, não te preocupes

Vais acordar e… era um pesadelo. Afinal está tudo bem.

O mundo não gira ao contrário mas parece ruir.

Pelos países passeia-se um vulto negro e arrepiante.

Por onde passa destila desgraça e morte.

Quando a sua escuridão demora a passar e tu desesperas,

Pensa que a lentidão não é imobilidade, ela avança.

Enquanto avança o dia clareia e o sol brilha,

A saúde e felicidade voltarão e… afinal tudo vai ficar bem.

No murmúrio dos ventos, no som do mar,

Nos trinados das aves, no perfume das flores,

Ecoa uma subtil mensagem:

Acreditem no final todos vamos ficar bem.

Fortunata Fialho

Estrela cadente. “Poesia Colorida”

Estrela cadente.

Noite estrelada e uma suave e fresca brisa noturna.

Um reconfortante momento de calma contemplação.

O brilho das estrelas parece saído de um sonho.

Contemplo cada uma delas como se fosse a única.

De rosto iluminado pelo seu reflexo, estou feliz.

O reboliço do dia de trabalho parece tão distante.

Subitamente, vinda do nada, surge uma estrela cadente,

Brilhante e apressada, rasga o negro da noite,

Inadvertidamente, ofusca a estrela mais brilhante.

Transporta tantos desejos formulados,

Precisa de os tornar reais.

Como? Ninguém sabe.

Os pedidos acumulam-se a cada segundo que passa.

Não hesito e formulo o meu antes que se esconda.

Desejo paz e felicidade para todo o ser vivo,

O fim da fome e o secar das lágrimas.

Peço que a gargalhada infantil nunca se apague,

Que se mantenha pela vida fora até ao fim do seus dias,

Que quando eles terminarem partam em paz e suavemente,

Que todas as criaturas nasçam perfeitas,

Que só existam bons pais, que o carinho seja infinito,

Que as discussões terminem com abraços…

Pobre estrela cadente. Como podes conceder tantos desejos? 

Fortunata Fialho

Um livro de que muito me orgulho e que gostaria que todos lessem.

Brisa.

Brisa.

Uma leve brisa beijou o meu rosto, suave e delicadamente.

Segredou ao meu ouvido todos os segredos do mundo.

Confessou que no ar paira o amor e a paixão,

Que também transporta o ódio e a intolerância.

Agita-os para que se misturem… espera que o bem apague o mal.

Com gotas de orvalho chora o seu insucesso.

O ódio não se dissipa e a intolerância teima em crescer.

O amor e a paixão aliaram-se á compreensão e ternura,

Armaram-se de beijos e abraços e montam a brisa.

Como Cavaleiros de armadura reluzente bramem suas armas.

A brisa, como um cavalo alado, corre em seu auxílio.

Cansada, a brisa descansa… repousa em meu redor.

Sofreu tantas derrotas e tantas vitórias…

A luta é eterna… o descanso efémero…

A brisa acaricia o meu rosto e… segreda:

A luta continua e… eu nunca desisto.

Numa rajada de vento eleva-se… gotas de orvalho caiem.

No meu rosto rola uma lágrima…

No meu rosto brilha um sorriso de esperança.

Fortunata Fialho

Feliz Dia do Abraço.

Quero um abraço.

Quero um abraço quente e apertado.

Um abraço consolo, um abraço amizade,

Um abraço paixão, um abraço amor.

Quero todo o sentimento num abraço de paz,

Num abraço de respeito… aceitação.

Quero um abraço sem cor, um abraço sem credo,

Um abraço partilha de puro amor.

Quero um abraço que cure, um abraço que dure.

Quero a eternidade num abraço,

No teu abraço… no meu abraço…

Que em todos os lugares se ofereçam abraços,

Se partilhem e passem de corpo em corpo,

Que essa partilha só termine no fim dos tempos.

Um abraço é um bem inestimável,

Saber abraçar é uma arte.

Quem abraça é o maior artista…

Que planta bondade em todos os corações,

Carinho em todos os olhares,

Amor em todo o ser vivo.

Quero o meu abraço especial… precioso,

Aceita o meu abraço… guarda-o no teu coração.

Fortunata Fialho

Imagem retirada da internet

Tenho saudades…

Tenho saudades…

Tenho saudades dos meus tempos de criança.

De correr e saltar nas ruas da minha aldeia,

Das brincadeiras com os meus primos.

Tenho saudades de não ter preocupações,

Saudades de não ter saudades.

Tenho saudades de percorrer os campos,

De me sentar à sombra de uma arvore a ler,

De pescar num rio ou barragem, ou…

Simplesmente absorver os odores das flores campestres.

Saudades, tantas saudades do tempo de inocência,

Do tempo em que não interessava o tempo,

Onde uma brincadeira tudo fazia esquecer

E as gargalhadas a todos faziam sorrir.

Que saudades do canto dos grilos,

Do chilrear dos pássaros e do cheiro das flores.

Saudades de percorrer as ruas sem olhar preocupada.

Saudades daquela liberdade que nem sabia que tinha…

Tenho saudades…

Tenho saudades dos meus tempos de criança.

De correr e saltar nas ruas da minha aldeia,

Das brincadeiras com os meus primos.

Tenho saudades de não ter preocupações,

Saudades de não ter saudades.

Tenho saudades de percorrer os campos,

De me sentar à sombra de uma arvore a ler,

De pescar num rio ou barragem, ou…

Simplesmente absorver os odores das flores campestres.

Saudades, tantas saudades do tempo de inocência,

Do tempo em que não interessava o tempo,

Onde uma brincadeira tudo fazia esquecer

E as gargalhadas a todos faziam sorrir.

Que saudades do canto dos grilos,

Do chilrear dos pássaros e do cheiro das flores.

Saudades de percorrer as ruas sem olhar preocupada.

Saudades daquela liberdade que nem sabia que tinha…

Fortunata Fialho

Quando a vida nos leva mais alguém que amamos, a saudade aumenta…😢😢😢😢 Adeus tia.

escreversonhar

Saudades

A distância outrora tão pouca tornou-se tão longa,

Os afetos rareiam, ficam na vontade de quem não pode.

As estradas, do vou ali e já volto, tornaram-se tão longas,

Meia dúzia de quilómetros tornam-se centenas.

Nos olhos brilhantes de felicidade mora a saudade.

Saudade daqueles que amam e que estão tão perto,

E dos que, longe se encontram, as distâncias se igualam.

Saudades de passear ao Sol, de percorrer as estradas,

De trocar conversas com a vizinhança,

Da proximidade de um aperto de mão ou de um beijo na face,

De um abraço reconfortante e de pousar a cabeça num ombro.

Sou portuguesa e sei o que é a saudade.

Sinto-a no fado, no toque de uma guitarra, num cante alentejano…

Mas saudade como esta… não estava preparada.

Saudades de ir às compras… eu que nem gosto de o fazer.

Saudades de uma boa refeição fora de casa,

De…

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