Porque hoje é dia do amigo: Amigo. “Poesia Colorida”

Amigo.

Que existam amizades em todas as criaturas.

Que um amigo seja precioso e insubstituível.

Que em cada coração caiba mais um amigo.

Que a amizade seja uma contante inevitável.

Um amigo ajuda, acarinha, ama de forma altruísta,

Apoia e orienta quando as dificuldades surgem,

Mostra-nos o bom caminho quando nos perdemos,

Oferece o seu ombro para servir de consolo.

Que se encontre a amizade no latir de um cão,

No miado de um gato, no piar de um pássaro…

Que nunca se magoe um amigo.

Que sejamos sempre os seus melhores amigos.

A amizade de um ser que não hesita em amar,

Que é capaz de dar a vida em troca da nossa,

É um tesouro que devemos guardar junto ao coração.

Podem não falar mas acariciam com o olhar,

Podem não falar mas amam com as suas carícias,

Não condenam, não acusam… amam sem censuras.

Quero amigos… sejam de que espécie forem.

Quero dar e receber ternura… conforto… atenção…

Quero um amigo que não me engane,

Quero um amigo que seja meu.

Eu não me importo de o partilhar…

Só quero muitas amizades para retribuir e… amar.

Fortunata Fialho

💕Amor incondicional.💕

escreversonhar

Nem todos os choros são de tristeza,

Nem todas as lágrimas são de dor.

Quando um recém-nascido chora pela primeira vez

O coração de uma mãe chora de alegria.

Ser mãe é uma dádiva da natureza,

Uma dádiva de um imenso amor.

Há muitos amores na vida.

Uns vêm e invadem o nosso coração,

Outros, lamentavelmente, acabam por partir.

Existe um amor incondicional… verdadeiro.

Um amor que por mais que seja posto á prova vence.

Por um filho uma mãe até dará a própria vida.

Por um filho uma mãe irradia felicidade…

Ou chora de dor quando ele sofre.

Um filho é uma parte de nós que por mais que tente…

Nunca se poderá separar.

Existe uma ligação invisível mas mais forte que tudo que os une.

Este sim é um amor incondicional que…

Nem a distância nem o tempo podem apagar.

Fortunata Fialho

DSCF3374 O tempo passa e os seus…

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E porque hoje é dia dos avós aqui vos deixo uma lembrança do dia em que também o fui.

Neta:

Olhos abertos, desperta para o mundo, segue movimentos e tenta decifrar o mundo.

Poucos minutos de vida e toda uma vida pela frente.

Odores desconhecidos, envoltos em olhares com laços de amor atados em carinho.

A voz da mãe sobressai, então era esta voz que eu ouvia através da pele? Era ela que me acariciava quando agitada a pontapeava?

Que sensações estranhas! Frio, calor… Tudo é imenso!

O meu mundo alongou-se e eu tão pequenina e indefesa.

Quero o teu colinho minha mãe, sentir o rítmico bater do teu coração. Aquele som que me embalava e me transmitia tanta segurança e tanta paz.

O meu universo era tão pequeno, à distância da minha mão, tudo explorava e conseguia tudo o que desejava, ou melhor, que necessitava.

O teu toque era o meu consolo, atua voz a minha felicidade.

Onde estás, preciso de ti. Aconchega-me nos teus braços e repete que sou o teu mundo, a tua vida.

Dizes que sou linda mas tu és muito mais. Adoro o teu sorriso, o som da tua respiração e a melodia das tuas palavras.

É este o meu pai? Sim é, reconheço a sua voz e o seu toque. É tão boa a forma como me acaricia e tão doce o seu olhar.

Mãos estranhas tocam-me. Doces sons brotam das suas bocas. Quem são? O que querem?

Dizem que me amam, sinto que é verdade. Aconchegam-me e acariciam-me. Sorriem para mim e sinto o seu cheiro… cheiram de forma estranha, diferente. Ao seu colo sinto-me segura e amada.

Tenho fome. Quero minha mãe. Nunca tinha tido fome! Que coisa estranha entra pela minha boca! Que gosto estranho mas tão bom. Engraçado… chucho e engulo, será isto aquilo a que chamam comer?

Reconheço estas vozes e, finalmente vejo quem são. Parecem todos iguais! Esperem, afinal são todos diferentes! Estranho…

Estou cansada, quero dormir. Fecho os olhos e… que se passa? Estou molhada. Que coisa estranha e desconfortável… vou chorar… choro…

Alguém trocou esta pele molhada e eu sinto-me tão bem. Desconhecia, estas peles substituíveis, que estranho… será que se vão substituir mais vezes?

Fome, outra vez com fome. Então vai ser sempre assim? Minha mãe diz que me vai dar mama. O que é mama? Tenho de me alimentar, dizem… e eu chupo, parece que é assim que se mama. Deixo de ter fome, que bom!

Quero voltar para a barriga da mãe, estou cansada e quero dormir.

Não posso? Não há como voltar?

Tenho medo, vou chorar…

Fortunata Fialho

Um sorriso. “Poesia Colorida”

Um sorriso.

Um sorriso é o maior tesouro do mundo.

Um sorriso inebria, conquista… deixa-nos loucos.

Fui conquistada por um sorriso maroto,

Deixei-me levar por um sorriso encantador.

Pelo teu sorriso me apaixonei.

Com um sorriso conquistamos o mundo.

Num sorriso enfrentamos a vida.

Por um sorriso movemos montanhas.

O sorriso certo tira-nos o controle,

Perdemo-nos sem remédio… nem arrependimento.

Com um sorriso nos tentam enganar.

Um sorriso falso deixa-nos desconfiados.

Um sorriso forçado nos afasta sem remédio.

Diz o povo: com um sorriso o dia corre melhor,

Um sorriso no rosto afasta o sofrimento.

Um sorriso vence discussões… acalma corações…

Um sorriso brilha como diamantes,

Ilumina a felicidade, esconde a fealdade,

Com um sorriso todos somos lindos… esplendorosos.

Um rosto sorridente atrai inexoravelmente…

Um sorriso é alma, felicidade, amor, pureza…

Derruba barreiras… passa fronteiras… une as gentes.

Fortunata Fialho

Quando o sol beija a terra. “Poesia Colorida”

Quando o céu beija a terra.

Quando o céu beija a terra os rios enchem-se de diamantes,

Os mares refletem a lua em mantos bordados de luar.

Os campos ficam mais verdes e as gotas de orvalho brilham como mil sóis.

O trinado dos pássaros ecoa cantos de amor e paz.

As borboletas esvoaçam enchendo de cores os céus,

As flores emanam odores maravilhosos e os sentidos acordam deliciando-se.

Quando o céu beija a terra o mundo fica mais colorido.

Arco-íris enfeitam os ares projetando as suas cores,

Os olhos dos habitantes brilham como pedras preciosas.

Os risos compõem sinfonias e as gargalhadas ecoam-nas por toda a parte.

Quando o céu beija a terra os amantes atingem o êxtase.

Os terramotos são de orgasmos intensos,

Os maremotos carícias descontroladas.

Por todo o lado ecoam gemidos de prazer,

Palavras de amor e desejo ecoam por cima dos telhados.

Quando o céu beija a terra, o perfume de mil rosas sente-se no ar.

Cânticos de paz e carinho são soprados pelo vento,

Carícias de pura ternura acariciam numa brisa.

Vendavais de beijos invadem os quintais,

Entrando pelas janelas e renovando sentimentos.

Quando o céu beija a terra no mundo existe paz e amor eterno.

Tudo é bem melhor quando… o céu beija a terra.

Fortunata Fialho

Eu serei o que quiser. “Quero um poema…”

Eu serei o que quiser.

Eu serei aquilo que eu quiser!

Sou mulher e não deixo que isso me prejudique.

Alguém ousou dizer na minha cara que o lugar da mulher é na cozinha.

Concordei e acrescentei na sala, no quarto, no jardim…

No trabalho, no carro, no ginásio, no avião…

O meu lugar é onde eu quiser, sou dona de mim.

Longe vai o tempo em que ser mulher era prisão.

Ter filhos e cuidar da família, era a única ambição.

A única ambição que lhe era permitida.

Fada do lar… mãe exemplar… mulher submissa.

Comer e calar… ouvir e engolir…

Eu não preciso de depender de ninguém.

Sei pensar por mim e quero evoluir.

Sou mulher trabalhadora, dona de casa, mãe… sonhadora.

Mulher lutadora que se recusa a cruzar os braços

O mundo também é meu e vou conquistá-lo.

Mulher que se recusa a envelhecer,

Uma mente jovem seja em que idade for.

Sou mulher e… serei o que eu quiser.

Fortunata Fialho

Uma de muitas “Simplesmente… Histórias”

Durante a minha infância, na minha aldeia, morei numa casa em que três portas se alinhavam.

Porta do quintal, que dava para a cozinha, porta da cozinha para a sala de jantar e a porta da rua.

A iluminação era feita através de candeeiros a petróleo os quais tornavam o ambiente um pouco irreal e propicio a divagações na minha cabecinha de criança.

Durante o serão reuníamo-nos na cozinha e não havia o hábito de se fecharem as portas, hábito que ainda mantenho atualmente.

Os meus brinquedos estavam arrumados na parte inferior da mesa da cozinha, nada se podia estragar. Ali estavam seguros e longe das mãos que as podiam estragar. Sim porque eu estimava muito todos os meus brinquedos.

Como todas as crianças adorava brincar imitando os adultos.

O serão passava e as brincadeiras continuavam.

Passeava por toda a cozinha mas, tinha um grande problema, quando cruzava a porta da sala de jantar um vulto negro passava ao mesmo tempo.

Nos meus poucos aninhos eu não percebia e, para evitar a sua presença, corria para que ela não me alcançasse.

               Sorte malvada, ela acompanhava-me sempre.

A correria continuava sempre que passava pela dita porta.

                Só algum tempo mais tarde percebi que, este meu inimigo não era mais que a minha sombra.

                O candeeiro projetava-me de uma forma tão especial que tornava assustadora e irreal a minha própria sombra.

Coisas de crianças!

Fortunata Fialho