Boas noticias.

Como é bom receber uma noticia destas:
”Cara Fortunata Fialho,
Agradeço o envio do seu poema para a participação na VII Antologia de Poesia Portuguesa Contemporânea “Entre o Sono e o Sonho”.
Após a análise do mesmo, por parte do Antólogo Gonçalo Martins, tenho todo o prazer em informar que o seu poema foi seleccionado e que será inserido neste VII Volume da nossa Antologia.
O lançamento da obra será no final de Setembro…”.
É uma sensação excelente quando o nosso trabalho é reconhecido. São pequenas vitórias como esta que me incentivam a continuar.
imagem retirada da internet
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Manuela

A minha irmã.

De início era um bebé reguila e muito bonita,

Com cara de bonequinha e cabelo aos caracóis.

Cresceu e tornou-se na maior reguila,

Passando o tempo a fazer traquinices.

O tempo passou e ela cresceu,

Passou pela adolescência,

Difícil por sinal…

Afastou-se de mim fazendo-me sofrer

Tornou-se adulta e regressou

Voltámos a tornar-nos grandes amigas.

De minha “1ª filha” passou a irmã de verdade.

Um dia teve um reguila, como ela,

O tempo trousse a oportunidade de ficar uns

Dias com ele.

Hoje vem buscá-lo.

Acho que não lho devolvo.

É um pestinha lindo e reguila como a mãe.

É bom estar na sua companhia.

Vou ter tantas saudades…

 

Fortunata Fialho em Sentidos ao Vento (Momentos)

 

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Nuvens.

Olho o horizonte,

Deparo-me com um céu nublado.

O silêncio cerca-me,

Concentro-me nas nuvens.

Deparo com um mundo de sonho.

Sob o meu olhar desfilam

Paisagens, animais,…

Continuo a sonhar,

Animais fantásticos divertem-se,

Campos florescem,

Surgem montanhas,

Riachos límpidos e silenciosos…

As aves voam e percorrem os dois mundos:

O real e o sonhado.

Seria tão bom que pudessem falar!

Talvez eles conheçam esse mundo!

Talvez me digam que também é real.

Quem me dera ter asas e voar!

Levantar voo e partir para o mundo Nuvem.

Conhecer novas criaturas e novos horizontes.

Talvez desse mundo possa sonhar outro.

O facto de ser a preto e branco

Pode significar que todas as criaturas são iguais

Que não há racismo

Nem qualquer separatismo.

Quem sabe se não existe pobreza?

Quem sabe se não é um mundo muito mais feliz?

De repente o sol brilha,

As nuvens dissipam-se,

A realidade chama-me:

Acorda sonhadora.

Acordo e penso:

Porque sonharei tanto?

 

Fortunata Fialho em Sentidos ao Vento (Momentos)

 

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Évoramonte

Sexo

Sonho, sensações,

Sentimentos, saberes,

Sentidos alerta,

Somar caricias,

Subtrair o mundo lá fora,

Ser um só,

Sentir.

Entrega total,

Enlevo, Entrelaçar,

Entrar no divino,

Êxtase,

Entregar e possuir.

Xaile de afetos,

Onde nos enrolamos.

Ode ao amor,

Ondas de ternura,

Olhos que falam de amor,

Oh! Doçura das doçuras!

 

Fortunata Fialho em Sentidos ao Vento (Momentos)

 

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Cortesia da minha irmã.

Angola: Muxima

Um livro diferente e estimulante dos sentidos. Sobretudo, um livro a não perder.

Na escrita fluida de Luís Gaivão descobri locais onde nunca estive. Perdida em algumas narrativas, não culpa do escritor mas da minha falta de conhecimento dos regionalismos, tive de reler alguns parágrafos. Quando finalmente entrei no espírito da linguagem a leitura foi fantástica.

No entanto as imagens transportaram-me aos respectivos locais. Parabéns Luís Ançã conseguiste transportar-me para Angola. Na ponta de uma caneta e no colorido de umas aguarelas, mesmo sem pormenorizar os detalhes, fizestes com que acreditasse estar a presenciar in loco todos aqueles locais. A essência desse pais  foi encantadoramente captada nos  múltiplos desenhos.

Muitos parabéns pelo vosso incrível trabalho.

Para quando o próximo?

Fortunata Fialho

 

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Filhos

Meu Deus…

Os meus brigam a toda a hora

Não concordam em nada.

Por vezes parece que não se suportam.

Não faz mal, daqui a nada serão inseparáveis,

os melhores amigos, o apoio um do outro.

Quando nasceram foi como um milagre.

Olhar para aqueles pequenos seres indefesos e

Lindos, foram dos melhores momentos da minha vida.

Cresceram traquinas e demasiado precoces.

Para uma mãe seria sempre bom que se

 Mantivessem pequenos e dependentes de nós.

Crescem …

Tornam-se uns chatos contestatários,

São difíceis de aturar, mas

Continuamos a amá-los incondicionalmente.

Daria a vida pelos meus.

Pelos meus farei tudo o que puder.

No entanto, o que mais desejo é que sejam bons,

Sensatos, sérios e sobretudo felizes.

 

Fortunata Fialho em Sentidos ao Vento (Momentos)

 

Meus filhos, meu orgulho.

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Aula.

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Aula

Espaço de aprendizagem.

Assim me ensinaram quando fui aluna.

Em casa educa-se, na escola aprende-se.

Hoje:

Escola é um espaço de convívio,

A forma de socializar,

Estar com os amigos e conversar.

Então quando e onde se aprende?

Como saber Matemática, Português, Inglês,…

Como descobrir vocações?

Como vir a ser um bom profissional?

Sem conhecimentos?

Como teremos confiança em quem nos trata,

Nos ensina, nos constrói as infraestruturas?

Como será a nossa sociedade futura?

Quero que os meus alunos aprendam,

Sejam os melhores profissionais possível,

Sejam os génios de amanhã.

Pais ajudem-nos!

Estes são os vossos Filhos,

Os Homens de amanhã.

Fortunata Fialho em Sentidos ao vento

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Sol.

Raios de luz, plenos de alegria.

Tempo risonho, alegria nos corações.

Campos floridos.

Quadros naturais que o sol pinta de cores de sonho.

O sol brilha, cantam os pássaros,

Coaxam as rãs, brincam os animais…

Ai quem me dera deitar-me na erva,

Sonhar acordada,

Ler um bom livro,

Caminhar sem rumo,

Absorver os aromas e banhar-me de luz.

Sol, fonte de vida,

Luz dos meus olhos,

Renovador de corações,

Criador de romances,

Fonte de amores.

Sol … campo … praia … férias.

 

Fortunata Fialho em Sentidos ao Vento (Momentos)

 

Um belo passeio a dois.

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Não posso acreditar!

Acabei de ouvir uma noticia e não estou a acreditar.

Como é possível que uma mulher possa descriminar assim outras mulheres?

Suspender locutoras só por excesso de peso? Não interessa se são boas profissionais ou não, só conta o aspecto físico?

Sou completamente solidária para com estas mulheres apesar de nunca me ter encontrado numa situação semelhante.

Desde sempre tenho tido problemas com o peso e sei o que é ter uma luta interminável, mais preenchida de derrotas do que vitórias, com que conviver no dia a dia. As pessoas não são gordas ou magras só porque lhes apetece. Poucos são aqueles que optam por ser gordos.

As pessoas não podem continuar a ser descriminadas pelo seu aspecto físico e as mulheres devem unir-se e não humilharem outras mulheres. Num mundo de homens é necessário que as mulheres se unam e se defendam.

Não sou feminista, sou só uma mulher que acredita na igualdade dos sexos. Todos são pessoas com capacidades e que devem ser julgadas como um todo e não como um belo embrulho numa montra de presentes.

 

Fortunata Fialho

 

Imagem retirada da internet.

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Prometo Perder

Terminada mais uma boa leitura.

Um dia falaram-me de um livro: Prometo Falhar, muito bom segundo os meus amigos. Resolvi comprar e ainda bem.

Fiquei fascinada com a irreverencia de Pedro Chagas Freitas. Uma escrita fluída e divertida que, brincando com as palavras, dizia tudo e tudo deixava em suspenso. A facilidade com que me deixei envolver e a forma como me identifiquei com os seus textos foi surpreendente.

Adquiri em seguida: Queres Casar Comigo Todos os Dias? Barbara e, como antes, fiquei deliciada.

Fiquei fã. Como tal não podia ficar por aqui e seguiu-se Prometo Falhar.

O humor irrequieto deste escritor continua a surpreender-me e a cativar-me. Chega até a convencer-me de que perder é bom, o que nem sempre é verdade. Eu por mim prefiro ganhar, embora não tenha mau perder.

A arte de dizer o que muita gente tem medo até de pensar é algo que poucos conseguem e, ele consegue com grande mestria.

Parabéns Pedro, espero ansiosamente pelo próximo trabalho.

 

Fortunata Fialho.

 

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