Contente um fio de
tinta corre,
Pelo caminho o seu
rasto conta histórias.
Já percorreu tantos
caminhos,
Escreveu tantas cartas
de amantes,
Guardou segredos e
desejos inconfessáveis.
Marcou encontros,
desencontros e até viagens.
Escreveu histórias,
romances, tragédias…
Fez as delícias das
crianças com os seus contos de fadas.
Pintou reinos
encantados e coloriu sorrisos nos rostos.
Borrou, muitas vezes,
a escrita mas continuou.
Aproveitou cada borrão
e criou arte.
Preencheu telas de
pintores e cadernos de crianças.
Pintou morais e foi
voz da revolta.
Protestou em imagens transformando-as em palavras.
(…)
Fortunata Fialho