Vesti-me de versos.

Vesti-me de versos

Caminhando nua pela vida, vesti-me de versos e percorri caminhos.

Em cada percurso mudei de vestes… pelo caminho perdi algumas peças.

Nunca me senti realmente nua… sempre os versos cobriram meu corpo.

O vento soprou e os versos voaram revelando o meu corpo.

Com o poder do sonho cacei-os como se fossem borboletas,

Elaborei um vestido novo e abriguei-me dos olhares,

Colhi os versos que pendiam das árvores enquanto o vento gelava.

Teci um fantástico poema e com ele cobri meu corpo.

Que maravilhoso casaco, que palavras mais quentes…de carícias rimada.

Nasci nua e a minha mãe me cobriu de carícias, o meu pai de afetos.

Cresci feliz envolta em livros de histórias encantadas,

Vestida de poemas decorados de belas ilustrações.

Cresci e os poemas tornavam-se pequeninos…

Não fazia mal, os versos nunca me faltavam e as vestes aumentavam.

Nas noites quentes de verão cobri-me de poemas frescos,

Nas noites frias de inverno envolvi-me em poesia erótica,

Quente e envolvente como um amor tórrido e intenso.

Nos dias de primavera colhi flores e com elas versejei.

Vesti-me de poemas leves e perfumados, frescos e coloridos.

Banhei-me em versos revoltos num mar de palavras soltas.

Sequei-me no leito de rimas que o mar vinha beijar.

Vivi nas páginas de um livro, repousei na mais linda estante,

Adormeci e sonhei com um mundo poético e feliz.

Fortunata Fialho

Sonho lindo em”Quero um poema…”

escreversonhar

Tive um
sonho lindo!

Tinha
asas e voava sem parar.

Percorria
o planeta procurando armas.

Nos
quartéis penduravam-se flores,

Os
campos de batalha eram prados coloridos.

Soldados
marchavam ao som de sinfonias.

Disparavam-se
pétalas que perfumavam os corpos.

O chão
cobria-se de corpos…

Que, de
olhar sonhador, observavam as nuvens.

De punho
erguido prometiam-se sonhos.

Vozes
fortes falavam de amor.

Ameaças
de carinho ecoavam os ares.

Todas as
religiões partilhavam o mesmo templo,

Em vez
de ódio pregavam amor.

E os
animais?

Ai, aos
animais disparavam carícias.

O riso
das crianças ecoavam no ar,

Levando
sorrisos a todos os rostos.

Não
encontrei armas… procurei lágrimas…

Em todos
os rostos brilhava a felicidade.

Finalmente
encontrei lágrimas…

Envoltas
em sorrisos… enfeitadas de gargalhadas,

Brilhavam
como estrelas num céu de verão.

Cansada
pousei e… adormeci.

Que sonho tão lindo esta noite vivi!

Fortunata Fialho

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Amor… “Poesia Colorida”

Novas surpresas virão, estejam atentos.

escreversonhar

Amor…

Amor é vida, luz, sombra, entrega, êxtase…

Amor é compreensão, ternura… aceitação.

Amor é entrega, respeito e carinho.

Amor é paixão, fogo… ternura.

Eu amo, amo sem restrições, amo sem limites.

Amo adormecer e acordar a teu lado,

Amo o brilho dos teus olhos, cada curva do teu corpo,

Cada imperfeição da tua pele, cada ruga do teu rosto.

Amo o sorriso dos nossos filhos,

Vê-los crescer plenos e íntegros.

Amor… é estar contigo, sentir o teu calor, ouvir a tua voz.

Amor é o brilho de felicidade nos olhos de uma criança,

A felicidade dos nossos filhos quando nos acompanham.

Amor é lutar por um futuro melhor.

Amor é rever-nos no brilho do seu olhar.

Amor é amar para libertar.

Amar é derrubar barreiras só para estarmos juntos.

Amor é dormir nos teus braços e acordar ao teu lado.

Amor é ir dormir amuados e acordarmos abraçados.

Amor…

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Sós…

escreversonhar

Sós, tantas pessoas estão sós!

Hoje passou na televisão uma reportagem sobre aldeias quase desertas, nas quais só habitam alguns idosos. Numa delas vive um único idoso.

Perante esta triste notícia, dei por mim a pensar em como a vida destas pessoas deve ser difícil. A solidão dos seus dias deve ser aterradora. O isolamento a que se sujeitam é indescritível. Que acontecerá quando necessitarem de ajuda?

Quando observo os idosos das nossas cidades sentados nos jardins, nas esplanadas, participando em viagens, festas e tantas outras atividades, penso na solidão a que estão condenados aqueles idosos.

Alguém disse que a opção foi deles.

Não discuto isso. Pode ser verdade, mas quem pode abandonar as terras em que viveu toda a vida? Sair das suas casas, deixar as coisas que tanto lhes custou a juntar, abandonar as suas raízes. Algumas destas pessoas praticamente nunca conheceram outra localidade e as cidades ou…

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Que raios! em “Simplesmente… Histórias”

escreversonhar

Todos os vizinhos juntos, caso raro, mas aconteceu.

Por meio de conversas sem grande importância surgiu uma ideia mirabolante. ‘’Vamos assistir à concentração de carros’’.

Pegam nos seus veículos e, como estão a alguma distância uns dos outros, decidem encurtar a mesma. Carros a trabalharem e marcha atrás metida a loucura começa.

Como pode um grupo de homens feitos ter este tipo de comportamentos?

No meio da loucura e, em marcha acelerada, os carros recuam quase colados uns aos outros.

No meio da loucura e com medo, a namorada do meu sobrinho grita: ‘’Ai, ai… ai’’ mas rindo como uma criança!

De repente arrancam em grande velocidade. Em tão insólito cortejo a rua fica vazia, não sem que o meu esposo me faça adeus de dentro da carrinha.

Confusa e furiosa observo aquela loucura tentando absorver e compreender tamanho insólito. Observo a rua e não acredito no que vejo, o…

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Preguiça

Preguiça

Dizem que a preguiça morreu de sede com o focinho dentro de água,

Coitada… de preguiça nem sequer abriu a boca para beber.

A preguiça é a pior conselheira… com preguiça não se formou.

Nunca construiu nada novo… infelizmente dava muito trabalho.

Nunca cozinhou… ligar o fogão implicava o braço erguer.

Não tomou banho pois esfregar-se era muito laborioso.

Esperou a chuva para se limpar… e alguma sujidade a chuva levou.

A preguiça nunca se arranjou pois despir o pijama lhe era penoso.

Pobre preguiça, nunca casou, para responder sim tinha que falar.

O desgraçado do pretendente cansou-se de esperar e…

Outro alguém decidiu procurar.

Um dia decidiu viajar… ao primeiro passo tombou,

O esforço era tão hercúleo que logo desistiu.

Preguiça nunca brincou. Um dia tentou e abrir a porta logo a cansou.

Pensou em chamar algum amigo… não tinha nenhum.

A casa nunca limpou pois só pensar nisso era atroz.

A preguiça nunca cantou… decorar as letras recusou.

A preguiça tem fome e sede mas nunca ninguém a serviu.

Os dias passaram e a preguiça um dia adoeceu.

Quis pedir ajuda mas não se moveu.

Com preguiça de gritar ninguém se apercebeu.

De inatividade a preguiça morreu… coitada também nunca viveu.

Fortunata Fialho

Lembro. “Poesia Colorida”

escreversonhar

Lembro

Lembro o tempo em que nos banhávamos juntos,

Em que os nossos corpos se incendiavam rebeldes,

Nos amávamos fisicamente sem tabus.

Lembro todos os suores lavados das nossas peles,

De todos os orgasmos partilhados,

Das palavras abafadas pelo som da água corrente.

Fecho os olhos e consigo ver o teu corpo desnudo,

Sinto o suave acariciar das tuas mãos,

O doce calor dos teus lábios percorrendo o meu corpo.

Lembro as entregas totais aos nossos sentidos,

As frases banais cheias de sentido,

As promessas eternas que se esqueceram com o tempo,

Os olhares incendiados, esfomeados… sensuais.

Lembro a sensualidade do teu corpo,

O inebriante cheiro da tua pele,

A intensidade o teu desejo no meu desejo.

Lembro as noites tórridas e os dias apaixonados.

Lembro quando nos deitávamos amuados

E acordávamos abraçados.

Lembro os beijos doces, as carícias marotas,

Os corpos em desejo, a entrega total,A explosão final e…

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