Raio de luz.

Raio de luz

Pelo meio de mil nuvens, negras e sombrias,

Um tímido raio de luz espreita.

Ao longe, a uma criança de olhar triste,

O raio de luz acaricia o rostinho.

Os olhinhos iluminam-se e o raio cresce.

As brincadeiras sucedem-se.

Feliz, o raio viaja e pelos campos rodopia… dança.

No seu rodopiar aquece os solos, fá-los brotar.

Lindas flores cobrem o seu palco, perfumando os seus passos.

As nuvens comovem-se e choram grossas lágrimas

Regam os campos e engrossam os riachos.

Brancos lenços de nuvens algodão secam-lhes as lágrimas.

Lentamente, afastam-se e surgem mais raios de luz.

Das casas, bandos de petizes correm para na rua brincar.

E os raios de luz juntam-se… engrossam… alargam-se.

A timidez acaba-se e as nuvens libertam o caminho,

Agora o sol brilha e nos olhos de cada criança

Reflete-se em diamantes de felicidade.

O raio da luz, agora, é um gigante luminoso

Portador do calor do sol… entregando alegria…

Aquecendo a terra… abraçando os nossos corpos…

Raio amante… ternurento… fonte de vida…

Fortunata Fialho

Inverno.

Inverno

O vento assobia lá fora… bate em todas as janelas.

Placa todas as portas na vã tentativa de entrar.

Desesperado percorre todas as ruas.

Ninguém sabe se foge ou procura algo.

Eterno caminhante anuncia o inverno.

Persegue as folhas das árvores que se lhe adiantam,

Empurra grossas gotas de água projetando-as sobre as calçadas.

Nas suas rajadas voam prenúncios de frios.

Frios intensos que gelam os ossos.

Pessoas caminham apressadas,

Quentes casacos colam-se aos corpos.

Quentes cachecóis ondulam ao vento.

Exausto o vento adormece,

 Agora é brisa que enternece.

A geada, sorrateira, cobre os campos.

Um manto branco brilha sob as estrelas,

Lençol de diamantes cobrindo todos os cantos.

Um cheiro acre sente-se no ar,

Ténues neblinas contornam as casas.

Mil lareiras os lares aquecem.

Entre lágrimas de fogo e sombras incandescentes

Histórias de encantar ecoam nas salas,

Risos de crianças de olhos sonhadores

Enriquecem as noites, fruto de esperança…

Na ingenuidade da vida.

O inverno chega lenta e sorrateiramente,

Invade os dias convidando ao aconchego.

Logo, logo a primavera virá.

Pobre inverno… lentamente se irá.

Fortunata Fialho

Imagem retirada da net.

“Simplesmente… Histórias.”

escreversonhar

Juntos,
tivemos partilha, vida, sonhos, vitórias… bons tempos.

Recordo a tua pele na minha pele, o teu sexo no meu sexo …

Parece que ainda sinto a intensidade dos nossos orgasmos e o êxtase dos
nossos sentidos.

Sem limites dediquei-te toda a minha vida, toda a minha essência.

Vivi para os nossos encontros, para a intensidade dos nossos sentidos.

Nos teus braços, esqueci-me de mim … eu não era nada sem ti.

No meio de muitas desculpas, disseste que o nosso tempo se gastou.

Não entendo como se pode gastar o tempo, o meu não se gasta.

Partiste … eu fiquei. Contigo levas-te o nosso tempo e, pensava eu, a
minha vida.

Chorei a perda, chorei o abandono, chorei o desamor … chorei o nosso
tempo.

Chorei até se me acabarem as lágrimas, e mesmo assim continuei chorando.

Continuo a amar-te mas, finalmente, revivi. Gastou-se o nosso tempo, não a

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Quero ser…😍😉

escreversonhar

Quero ser…

Quero ser fogo e incendiar ao mínimo toque teu.

Quero ser chama que ilumina a noite escura e se reflete no teu olhar.

Quero ser o reflexo de dois amantes abraçados.

Quero ser o brilho de um sorriso teu,

O desejo refletido no teu olhar,

A sucessão dos teus dias, lentos… tranquilos….

Caminhando em busca do infinito inalcançável.

Quero ser amor que cresce de forma exponencial,

Amor crescente e profundo… delicado…

Amor ardente.

Quero ser o mundo e acolher toda a gente.

Mar temperamental e apaixonado,

Riacho tranquilo e lutador, que se agiganta…

Cresce e corre em busca do mar que ama.

Quero ser uma simples gota de água que sobe aos céus

E cai alegremente sobre um campo verdejante.

Quer ser flor singela e bela crescendo

Num campo verde brilhante… húmido…

Enfeitado por um colar de diamantes de orvalho.

Quero ser gargalhada na boca de uma criança.

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Reflexo.

Reflexo.

Na beira de um rio uma criança olha o seu reflexo.

De olhar iluminado pela surpresa, agita a água.

A água brinca com a sua imagem,

Desliza e foge levando o seu reflexo,

Lentamente devolve o reflexo do seu rosto.

Um raio solar ajuda na brincadeira,

Projeta-se na água calma e ilumina aquele rostinho.

A criança ri de contentamento e surpresa.

Como pode estar um espelho no meio do riacho?

Deve ser magia! Só pode ser magia.

Eleva o olhar e repara no reflexo do sol numa gota de orvalho.

Sob os seus olhos brilha o mais belo diamante,

Um diamante líquido e efémero que brilha como o seu olhar.

Salta e grita de felicidade, ri numa saudável loucura,

O mundo é seu e o sol brilha só para ele.

No reflexo dos seus olhos vive toda a felicidade.

No reflexo dos seus olhos mora o mundo.

O sol reflete-se no riacho projetando raios,

Lindos raios coloridos que enfeitam as folhas,

As flores, os animais… os brinquedos.

Sim os brinquedos tinham tons de arco-íris.

Nunca tinham sido tão bonitos.

Cansado, olha os reflexos no riacho…

De sorriso no rosto adormece e sonha…

Sonha que viaja num raio de sol

Feito barco no riacho que corre.

Fortunata Fialho

Uma viagem.

                Finalmente, depois de muitas tentativas para o retirar de casa, fizemos as malas e partimos rumo ao desconhecido.

Sem programa definido pois a caravana tinha tudo o que necessitávamos, partimos.

Adoramos passear sem rumo, partir á descoberta, ir onde a estrada nos levar, comer onde nos chegar a vontade e, sobretudo, absorver tudo o que nos rodeia. Parar na berma para trocar um beijo e uma carícia ou para conversar sobre o que nos der na real gana.

A estrada estava pouco movimentada o que nos proporcionou tempo e descontração para observar as paisagens. Foi um prazer desfrutar de vistas de cortar a respiração, respirar ar puro e sobretudo estarmos sós sem condicionantes.

Ao almoço desgostámos umas migas de cogumelos, simplesmente deliciosas, e ao jantar um cabrito assado no forno que fazia crescer água na boca. Cansados decidimos escolher um recanto paradisíaco, longe de olhares e ouvidos curiosos e indesejáveis, para pernoitarmos.

Depois de um banho de rio, onde os fatos de banho foram desnecessários e entre brincadeiras deliciosas de amantes, o tempo parecia ter parado para nós o podermos aproveitar. De corpos limpos e refrescados fomos para a cama. Dormir era o que menos nos interessava, depois de tantos dias a tentar que os filhos não nos escutassem, pudemos amar-nos sem limites e a entrega foi total, que comprovem os animaizinhos que nos proporcionaram a música de fundo.  

Com os corpos cansados e saciados só nos restaram forças para um abraço apertado e um beijo doce e suave. Abraçados adormecemos como uns anjinhos. Bom, anjinhos talvez não…

Já o sol ia alto quando acordámos. Envoltos em todo aquele paraíso tomámos o pequeno-almoço e voltámos a partir á descoberta.

Este foi o primeiro dia de uns quantos que lhe sucederam, cada um melhor e mais intenso que o anterior. 

Fortunata Fialho

✨ As estrelas brilham. ✨

escreversonhar

As estrelas brilham

Olho pela janela e o brilho das estrelas convida ao sonho.

Lá fora a noite envolve tudo em seu redor convidando os amantes.

Estou só! As horas passam e, finalmente a porta abre-se.

Sinto a tua presença e o meu rosto ilumina-se.

Continuo contemplando as estrelas e, ansiosamente espero.

O dia terminou e agora nada mais importa, o hoje já se foi e o amanhã ainda tarda.

O agora é só nosso e nada mais importa. Vem… faz o tempo parar.

As tuas mãos tocam os meus ombros e, lentamente, a roupa desliza pelo meu corpo.

O frio da noite mistura-se com o calor do teu corpo e estremeço.

Já não sinto frio, o calor invade a minha pele e… é tão bom.

Fecho os olhos e… sinto. Sinto o suave toque da tua pele… a carícia do teu respirar.

Quero mover-me e não consigo, o meu…

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😁 Inspiração😁 “Simplesmente… Histórias” 😇

escreversonhar

Sentei-me ao computador com uma enorme vontade de escrever. Surpresa! Perdi a inspiração.

E agora? Que faço com esta vontade?

Olho em volta e nada me inspira.

Que monotonia está tudo na mesma.

Olho pela janela e o sol brilha. Há tanto tempo que andava desaparecido. Percorro o espaço exterior com os olhos.

Vejo lindas flores nos meus canteiros, todos os dias aparecem mais algumas.

O meu quintal resplandece de cor e de alegria. Os pássaros chilreiam nas árvores. Não consigo descobrir nenhum ninho, talvez ainda seja cedo.

Vistosas joaninhas passeiam-se sobre as flores comendo o piolho das plantas. Uma borboleta esvoaça em redor da minha janela. Deve de estar a exibir o seu belo colorido, e que colorido! Recuso-me a pensar que anda a depositar os seus ovos nas minhas plantas. As lagartas vão banquetear-se e eu vou ficar muito aborrecida.

No canil as cadelinhas estão estendidas a apanhar…

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