🎉🎊🎆Viva 2021🎆🎊🎉

Nesta noite fria, sem festas nem fogos de artifícios

Esperamos a chegada de um novo ano.

Esqueçamos todas as dores e tristezas e celebremos.

Que em cada casa se comemore o teu nascimento,

Que se façam brindes e se formulem desejos de paz e saúde.

Que a cada passa se formule um desejo de esperança.

Que nos olhos, se houver lágrimas, sejam de alegria.

Que cada um agradeça ao seu Deus pela sobrevivência,

Que peça força e resiliência.

Em cada lar se festeje a vida e a esperança no futuro.

Cada amanhecer seja um novo renascer e…

Traga com ele raios de luz para combatermos as sombras.

Brindemos aos novos dias, brindemos ao futuro.

Elevemos os copos e gritemos:

Este ano vamos ser felizes e saudáveis.

Temos tantos abraços guardados à espera de entregar,

Tantos beijos para distribuir.

Vem 2021, espero-te de braços abertos e um sorriso no rosto.

Traz na bagagem saúde, paz, alegria e amor.

Fortunata Fialho

Aproxima-se de mansinho

2021aproxima-se de mansinho e com ele vem a esperança.

Dona Esperança resolveu que estava na hora de se mostrar,

Cansou-se de ver tanta dor e tristeza.

Aproveitou a chegada do ano novo e pediu boleia.

Encheu um grande malão de saúde e coragem

Energia e conhecimento… e vem para a luta.

Ano Novo e Esperança resolveram enterrar o Ano Velho.

Este não deixa grandes saudades

Nenhuma lágrima por ele será chorada.

2021 vem depressa, traz a Esperança e força no acelerador.

Estamos ansiosos, parecemos crianças inocentes

Acreditamos… ou melhor, temos esperança…

Não a Esperança trazes tu.

 Nós queremos acreditar que tens poderes mágicos

Que consegues fazer milagres e que nos devolverás a normalidade.

Como criança vou distribuir beijos e abraços,

Sorrisos e gargalhadas, como uma louca.

Vem depressa Ano Novo e não percas a Esperança.

Perdoa estes desejos de uma pobre desesperada,

Sei que não fazes milagres mas deixa-me sonhar.

Quero acreditar que durante a tua vida tudo vai melhorar.

Quero que venhas correndo, não de mansinho.

Vem depressa 2021, estou cansada de te esperar.

Fortunata Fialho

Adeus 2020

Adeus 2020

Entraste de mansinho cheio de promessas de prosperidade e felicidade.

Durante algum tempo tentaste cumprir… ou fingiste.

Cedo mostraste e a tua verdadeira personalidade.

De mansinho foste tirando toda a nossa liberdade,

Separaste as famílias e fingiste que isso iria ser por pouco tempo.

Retiraste-nos dos nossos locais de trabalho,

Impediste-nos de distribuir abraços e beijos.

Os dias tornaram-se lentos e intermináveis,

Cansativos, monótonos e traumatizantes.

Matreiro e ardiloso roubaste o nosso verão.

O sol, o calor e os passeios no campo ou na praia,

Guardaste só para teu prazer pessoal.

Um dia disseste que tudo estava a passar.

Pobres de nós que tolos acreditamos.

Disseste para regressarmos ao trabalho e nós voltámos.

Idiota presunçoso e insensível… traidor.

Para não podermos falar tapaste-nos a boca,

Ameaçaste-nos com sofrimento e morte,

Roubaste-nos os nossos entes queridos, não chegou separar-nos!

Não nos irás vencer acredita.

Também tu nos estás a deixar, perecerás sem apelo,

Esfumar-te-ás muito em breve e por mais que penses ter vencido

Desengana-te… sempre lutámos em silêncio.

Agora distribuímos armas em forma de seringas e,

Se pensas que 2021será teu seguidor, esquece…

Iremos conquista-lo e, em conjunto nos ergueremos,

Faremos voltar abraços e beijos, retiraremos as mordaça e,

Em nossas memórias serás um pesadelo superado.

Por vezes, mesmo sem perceberes, distribuíste alguma bondade.

Afinal em todos existe o bem escondido.

Adeus 2020 não te quero de volta… nunca mais voltes.

Fortunata Fialho

Muitos parabéns meu pai.

Finalmente “38” anos…. milagrosamente mais novo que as filhas. Pena que seja ainda neste tempo tão triste em que o longe não se pode tornar perto, mas com o desejo de que quando faça “48” possamos estar todos juntos. Uma infinidade de histórias, umas alegres outras divertidas e também algumas bastante tristes, fizeram de si o que é hoje. Nunca nos recusou amor, carinho, um ombro para chorar e alguns ralhetes à mistura. Pai e avô dedicado, amigo de muitas brincadeiras sempre presente na nossa vida.

Hoje a casa deveria estar cheia, barulhenta mas no aconchego do carinho que tanto nos caracteriza. Este ano faltam alguns mas vamos socorrer-nos das tecnologias para termos um pequeno pedaço de tempo realmente juntos.

Desejo que este seja mais um dia a recordar com alegria, que a saúde o continue a acompanhar, que este aniversário seja um dos muitos que possamos comemorar juntos.

Um grande beijo, do tamanho do mundo, envolto em amor e recheado de carinho.

Folhas caídas

Pelos campos o inverno avança sorrateiramente.

As árvores protegem-se largando as suas folhas.

Privadas do seu alimento, as folhas caiem

Tristes perderam a sua cor… secaram.

No chão um tapete castanho de folhas caídas.

Um tapete castanho de beleza perdida.

Folhas caídas jazem sem vida,

Tombaram inertes num descanso eterno.

Passeio sofrido acariciado pelo frio.

O vento chega e olha-as com pena.

Recolhe-as nos seus braços e eleva-as.

Projeta-as para longe fazendo-as voar.

Como asas de pássaros agitam-se,

Parecem reviver… voando contentes.

Cruzam os ares, viajam sem rumo.

Docemente pousam inertes

Desfazem-se em mil pedaços.

Folhas caídas… alimentam a terra.

Alimentam as sementes…

Na primavera renascerão novamente.

Fortunata Fialho

Dia de Natal.

Apesar de não se poder ter repetido este ano, o espirito foi o mesmo. Valeram-nos as videochamadas e o sentimento de unidade que, mesmo à distância, une a minha família. Porem a tristeza também foi uma constante, faltaram os beijos e abraços que tanto nos caracterizam.

escreversonhar

Presentes abertos e o deslumbramento nos olhos das crianças. Como pôde o Pai Natal trazer todos os presentes se elas só saíram por breves instantes?  Até a bebé  delirou com tantos brinquedos novos, tantas cores e tantos sons. O sono desapareceu e a brincadeira instalou-se. Que seria deles se não fosse o Pai Natal?

Os adultos, sorridentes, esquecendo as dietas e problemas de saúde deliciaram-se com as iguarias da época.  A alegria estava instalada, que se lixem os problemas afinal é Natal.

O sono, esse teimava em chegar e noite fora o convívio continuava. As crianças, essas dormiam um sono feliz. Hoje não apetecia sair da cama mas a família espera para continuar a festa.

Fortunata Fialho.

9204fa8d812a7c54bbffa1efb5eb0a40

View original post

Natal sem sorrisos.

escreversonhar

Natal sem sorrisos.

Num país não muito distante, numa cidade ou aldeia como tantas outras, um grupo de crianças esperava ansiosamente pelo Natal. Os pais, numa azáfama contínua, preparavam diligentemente as festividades. Escolhia-se o pinheiro mais frondoso que lhes pudesse fornecer o ramo mais bonito para ser a sua árvore de Natal. Compravam-se enfeites, enfeitavam-se as casas, confecionavam-se doces especiais e planeavam-se os encontros em família. No ar viajavam aromas que faziam salivar de antecipação o palato de qualquer um.

As crianças espreitavam por todos os cantos das casas na busca desesperada por indícios dos seus presentes. Onde estariam escondidos? Só iriam levantar um pouquinho o papel para espreitar ou chocalhar a caixa e escutar na tentativa de adivinhar o que tinham dentro.

Não muito longe, num qualquer gabinete, um governante do alto do seu pedestal decidia sobre o futuro de uma nação que podia muito bem ser a nossa…

View original post mais 325 palavras

“Abraços de Palavras” Brevemente…

Quero um abraço.

Quero um abraço quente e apertado.

Um abraço consolo, um abraço amizade,

Um abraço paixão, um abraço amor.

Quero todo o sentimento num abraço de paz,

Num abraço de respeito… aceitação.

Quero um abraço sem cor, um abraço sem credo,

Um abraço partilha de puro amor.

Quero um abraço que cure, um abraço que dure.

Quero a eternidade num abraço,

No teu abraço… no meu abraço…

Que em todos os lugares se ofereçam abraços,

Se partilhem e passem de corpo em corpo,

Que essa partilha só termine no fim dos tempos.

Um abraço é um bem inestimável,

Saber abraçar é uma arte.

Quem abraça é o maior artista…

Que planta bondade em todos os corações,

Carinho em todos os olhares,

Amor em todo o ser vivo.

Quero o meu abraço especial… precioso,

Aceita o meu abraço… guarda-o no teu coração.

Fortunata Fialho

“A soma dos nossos dias” Brevemente disponível.

(…)

Quando saímos de casa um pequeno cão caminhava ao longo da rua, para nosso espanto, abeirou-se da passadeira e parou. Olhou para ambos os lados e, só quando os carros pararam, eu de um lado e um senhor do outro, atravessou calmamente. Quando, nós condutores olhámos um para o outro, não sei quem ria mais. O animal continuou o seu caminho ao longo da estrada e desapareceu numa das ruas secundárias. Parece mentira, mas aconteceu e eu dei por mim a comentar o quanto seria bom se as pessoas se comportassem como este animal. Um verdadeiro gentleman canino, sem raça definida e sem o dono por perto, se é que o tinha, portou-se de forma exemplar.

(…)

Fortunata Fialho

Mar, tranquilo mar.

Nostálgico caminha sem rumo.

Pensativo deixa-se levar.

O barulho da cidade está cada vez mais longe.

Caminha envolto em tristes pensamentos.

Finalmente a quietude… o silêncio.

Uma gaivota soa ao longe.

Uma leve e fresca maresia acaricia o seu rosto.

Uma lágrima, salgada, sulca-lhe a face.

Seus olhos tristes, azuis como o mar, perderam o brilho.

Subitamente, seus pés pisam o areal.

Grãos finos abafam os seus passos.

Cansado repousa no Areal.

Ao longe o mar compadece-se,

Movimenta-se em suaves ondas…

Num concerto mágico acalma-lhe as mágoas.

Suavemente movimenta as conchas

Depositando-as a seus pés.

Uma criança acerca-se e, pegando num búzio, diz:

-Escuta o som do mar, é lindo e doce.

O seu sorriso, brilhante, irradia felicidade.

Ingénua, pura, ternurenta… que linda criança!

O mar salpica-lhe o corpo e uma mãozinha acaricia a sua.

No seu rosto, triste, desenha-se um sorriso…

O azul dos seus olhos adquire o brilho do mar…

A tristeza desfaz-se como a espuma das ondas…

A tranquilidade acaricia- lhe o coração…

Feliz… brinca na praia, apanha conchas,

Escuta os búzios, chapinha na água …

E… envolto em maresia… regressa feliz.

Fortunata Fialho