Quero ser nuvem
Quero ser nuvem branca e macia.
Quero percorrer os ares ao sabor do vento.
Servir de cama a sonhos inocentes.
Abraçar e guardar os sonhos de crianças.
Transformar-me naquilo que quiser.
Ser planta, animal, paisagem ou imagem sonhada.
Nos tristes dias de inverno vestir-me de negro.
Em violenta discussão raiar e trovejar.
Seguidamente, com pena, chorar.
Desfazer-me em lágrimas de vida.
Cair sobre os campos, engrossar riachos,
Dar de beber a tudo o que tiver sede.
Já calma vestir-me de branco,
Ser algodão doce nas mãos de uma criança.
Desfazer-me como fumo efémero,
Que se dilui com a luz do sol,
Se evapora no quente calor que a acaricia.
Que nuvem serei eu?
Branca e pura ou negra e ameaçadora.
Ou serei cinzenta procurando o meu rumo?
Quero ser fonte de sonho.
Ver alguém tentar decifrar-me.
Ser tudo o que uma criança sonha.
Ser tudo o que…
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Excelente poema amiga… Parabéns
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Obrigada. 😉
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